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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estratégia SNG $1+0.20 - Parte IV - Pós-flop

Qualquer jogador, com um mínimo de esforço, consegue jogar bem no pré-flop. O problema coloca-se em como se orientar quando aparecem as três primeiras cartas comunitárias.

Normalmente, é no pós-flop que se cometem os maiores erros e por isso convém definir uma estratégia base para o nosso jogo pós-flop para os níveis iniciais e médios de blinds, ou seja, enquanto não chegarmos à fase da bubble (4 jogadores), nem as nossas stacks andarem com o M5 em modo de push or fold.

Se nos tivermos portado bem na fase pré-flop, iremos para o flop tipicamente com cartas potencialmente ganhadoras. Isso é meio caminho andado para ter sucesso no SNG. No entanto, assim que aparecem as 3 cartas do flop, tipicamente, já não achamos assim tanta piada às que temos na mão. O que fazer então?

Para explicar a melhor estratégia, convém antes separar duas situação pré-flop: entramos no flop como o agressor (A); ou, entramos com um call e o agressor é outro peixe qualquer (B).

A) Somos o agressor

Se somos o agressor pré-flop, então devemos atacar o pote sempre que fizermos top pair ou melhor. Neste caso, assim que chega a nossa vez de apostar, devemos meter cerca de 3/4 do pote na nossa aposta, ou caso haja uma aposta antes, triplicar essa aposta do villain. Se fomos o agressor antes, vamos continuar a ser agora que estamos com uma mão feita muito forte. Quem tem medo compra um cão, ou então vai jogar à sueca com os amigos. O risco faz parte do Poker e não conseguiremos ganhar sempre, por isso, mais vale perder em estilo com uma valente bad beat, do que nos acovardarmos e ficar a pensar na morte do bezerro depois.

Se, no entanto, ao sair do flop, a nossa mão ficar em draw ou mesmo em air, então podemos atirar uma continuation bet (cbet) apenas quando estivermos contra um único jogador e sentirmos que ele também não acertou no flop. Com mais jogadores esqueçam os bluffs.

Esta é uma diferença essencial para os jogos em cash: Não se perseguem draws no pós-flop! Uma ficha ganha em SNG tem sempre menos valor que uma ficha perdida!

B) Somos o tipo que deu call ao peixe agressor

Se entramos no pós-flop com um call, então apenas devemos atacar o pote com dois pares ou melhor! Sim, é muito bonito entrar com um par de oitos no flop e ver uma board de 752. Fantástico overpair que temos. Agora pensem bem: alguém agrediu no pré-flop e nós demos call. Querem arriscar atacar o pote nesta situação e descobrir que ele está com TT, JJ ou QQ? Eu não, por isso, cautela e caldos de galinha, que não fazem mal a ninguém. Temos que jogar com atenção extra nestes casos, pois é por situações destas que por vezes as nossas fichas desaparecem sem percebermos bem porquê. O objectivo primordial num SNG é sobreviver e não acumular o máximo de fichas. Uma situação boa em cash, não é necessariamente idêntica em SNG, não se esqueçam.

E bluffs? Eh pá, então nós não fomos o agressor e querem agora andar a bluffar quem?!

Claro que para todas as regras existem excepções, mas para já limitem o vosso talento natural para adivinhar as cartas do adversário e vão ver que os resultados começam a aparecer. Por algum motivo ainda estamos nos micro limites e logo chegará o dia dos high stakes!

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